A saudade é uma tatuagem na alma. Só nos livramos dela perdendo um pedaço de nós.
(Mia Couto)
..Aymberê..
no tecido crespo do (in)significante
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
terça-feira, 13 de outubro de 2015
Epígrafe
/.../ eu dizia
a mim mesmo que no fundo existem /.../ duas grandes maneiras, ou melhor, duas
grandezas, nessa loucura da escrita, pela qual aquele que escreve se apaga,
deixando, para abandoná-lo, o arquivo de seu próprio apagamento.
(Jacques
Derrida, Duas palavras por Joyce,
1987)
sábado, 3 de outubro de 2015
Do Vazio
O meu vazio, às vezes, calha de tomar semelhança com uma poça de óleo dentro de uma porção de água. Sinto angústia com a impossibilidade de penetrá-lo. Corro até a poça e tento esmagá-la, fendê-la. Como se houvesse me antecipado, ela, estratégica, divide-se em partes, variáveis sob minha força. Auto-sabotagem. Meu vazio agora é plural.
Mas... Espera!
Alguma coisa acontece na minha (des)continuidade.
Mas... Espera!
Alguma coisa acontece na minha (des)continuidade.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
sexta-feira, 10 de julho de 2015
das promessas
"Para Labirintogorias"é parte do indício daquilo que diz que: eu penso que sei o que não quero.
uma segunda dissertação foi tudo o que prometi para mim mesma que jamais faria.
só rio.
uma segunda dissertação foi tudo o que prometi para mim mesma que jamais faria.
só rio.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
Do abandono
mais seis dias e estaria completando exatamente três anos de abandono.
andei me perdendo por aí. ainda estou perdida, mas consegui me lembrar de como se faz para chegar até aqui.
tenho coisas guardadas nesses três anos, e perdi outras tantas pelo caminho também.
sinto saudades de mim no Aymberê.
não sei se voltar aqui é estar de volta.
estou por aí.
andei me perdendo por aí. ainda estou perdida, mas consegui me lembrar de como se faz para chegar até aqui.
tenho coisas guardadas nesses três anos, e perdi outras tantas pelo caminho também.
sinto saudades de mim no Aymberê.
não sei se voltar aqui é estar de volta.
estou por aí.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte XII
um frio intenso nos acompanhou desde a primeira noite de retorno. o aquecedor do carro é uma ferramenta falida. estamos quase congelados.
optamos pela rota mais curta e eu, navegadora, me esqueci de verificar a distância de postos de combustíveis. foi por pouco.
a nevasca fez uma grande curva e passou a nossa frente. já havia nevado em algumas cidadezinhas de beira de estrada quando ancoramos para reabastecer. a viagem está rápida.
indo para Córdoba, saímos da via principal e fomos por Traslasierra passando por Mina Clavero, um lugar cheio de rios, arroios serranos, pequenos vales, a Estancia Jesuítica la Candelaria no Camino de las Estancias - declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO - e o Camino de los Artesanos (pequenas comunidades autenticamente hippies). a rota provincial nos fez passar por Altas Cumbres, uma serra de rochas aparentes entrecortada por uma estradinha de rípio.
enfim, uma paisagem lindíssima e lugares inesquecíveis.
ir a Córdoba e não passar por Mina Clavero é como ir a Cuiabá e não conhecer a Chapada dos Guimarães: não viu nada.
depois de Altas Cumbres saímos na estrada de Carlos Paz. Se o Roberto Carlos tivesse passado por aqui antes de compor aquela música que fala das "curvas da estrada de Santos", certamente teria cantado "as curvas da estrada de Carlos Paz".
optamos pela rota mais curta e eu, navegadora, me esqueci de verificar a distância de postos de combustíveis. foi por pouco.
a nevasca fez uma grande curva e passou a nossa frente. já havia nevado em algumas cidadezinhas de beira de estrada quando ancoramos para reabastecer. a viagem está rápida.
indo para Córdoba, saímos da via principal e fomos por Traslasierra passando por Mina Clavero, um lugar cheio de rios, arroios serranos, pequenos vales, a Estancia Jesuítica la Candelaria no Camino de las Estancias - declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO - e o Camino de los Artesanos (pequenas comunidades autenticamente hippies). a rota provincial nos fez passar por Altas Cumbres, uma serra de rochas aparentes entrecortada por uma estradinha de rípio.
enfim, uma paisagem lindíssima e lugares inesquecíveis.
ir a Córdoba e não passar por Mina Clavero é como ir a Cuiabá e não conhecer a Chapada dos Guimarães: não viu nada.
depois de Altas Cumbres saímos na estrada de Carlos Paz. Se o Roberto Carlos tivesse passado por aqui antes de compor aquela música que fala das "curvas da estrada de Santos", certamente teria cantado "as curvas da estrada de Carlos Paz".
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem Parte XI
Senhor Puyehue-Cordón Caulle, na sua intensa atividade sísmica, nos fez desistir de continuar ao sul.
(la Tierra del Fuego y Ushuaia - la ciudad más austral del mundo - van a quedarse para la proxima.
la nube de cenizas cruzó la cordillera y precipitó en las ciudades argentinas.)
rumbo a nuestro hogar!
vamos nosotros!
(la Tierra del Fuego y Ushuaia - la ciudad más austral del mundo - van a quedarse para la proxima.
la nube de cenizas cruzó la cordillera y precipitó en las ciudades argentinas.)
rumbo a nuestro hogar!
vamos nosotros!
terça-feira, 19 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem Parte X
nos despedimos correndo da paisagem lívida com a notícia de nevasca se aproximando.
tentamos voltar pelas montanhas, passando novamente pelos caracóis de Villavicencio, mas a nuvem se aproximou com uma velocidade tamanha que antes de chegarmos a 1km de subida já não se via absolutamente mais nada. não víamos nem a estrada nem as laterais de pedra.cegueira branca.
fizemos meia volta cuidadosamente e fomos pela estrada de túneis ao lado do rio. era a estrada da minha primeira vez. ainda estava circulável.
acelerávamos o possível e olhando no retrovisor víamos a nuvem gigantesca descendo sobre tudo atrás de nós. era uma visão lindíssima. deixamos a nevasca para trás, mas a frente, tremendamente fria, veio de carona com a gente.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte IX
descemos do carro e as crianças chafurdaram o rostinho na neve.
bonecos e anjinhos.
domingo, 17 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte VIII
montanhas! finalmente, as montanhas!
de Mendoza saímos em direção a ruta 7, no entanto, optamos por alcançá-la por cima, passando pela reserva natural de Villavicencio, em direção a Uspallata.
passamos pelo monumento Canota e chegamos aos pés das montanhas. começamos a subir. a estrada é de chão batido, mas tão bem feita quanto o asfalto que deixamos para trás. carros pequenos transitam com naturalidade.
estamos nos Caracoles de Villavicencio. antigamente esta era a passagem obrigatória para se chegar ao Chile. é um caminho pitoresco, também conhecido como Camino de las 365 curvas ou La ruta de un año. são 17 km fazendo curvas sem parar, subindo em zig-zag pela montanha, o que torna a inclinação quase imperceptível para os quase 3 mil metros a que se chega.
a paisagem é estonteante. passamos pela velha estação de telégrafo que unia Mendoza com o Chile em 1934. alcançamos as Ruinas de Hornillos y El Balcón, um mirante geológico produzido pela erosão mecânica do vento e da água das chuvas, onde podemos ver rochas vulcânicas duras. chegamos à Cruz de Paramillos y Vía Crucis, uma cruz construída pelos jesuítas no início do século XVII.
chegamos, finalmente, no mirante do Cerro Aconcágua - do quechua: "Ackon Cahuak" ou "Centinela de Piedra".
é lindo e o vento forte e gelado já nos chega aos ossos. fotografo com os olhos, com a memória e a objetiva.
subiria até o topo.
fomos pelo caminho de Darwin, encontramos a placa de pedra e seguimos para Uspallata, passando pela estrada de pinheiros que, secos nesta época do ano, nos deram outro postal inesperado.
em Uspallata pegamos a ruta 7 em direção a Los Penitentes. a estrada dança entre montanhas cobertas de neve. a paisagem é deliciosamente branca e meus pés estão congelados. fazem -23º.
meu coração opera em frevo. estou novamente diante dos monges, sentados, em silêncio.
meditam.
ainda são os mesmos e...
quanto a mim...
não tenho pensado sobre isso.
sábado, 16 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte VII
partimos para Mendoza às 7:30h e temos 1.090km até lá. seguimos pela ruta 7, passando pela província de Córdoba. o país inteiro está enfrentando uma crise de combustível e em todos os postos há filas e filas para o abastecimento de gasolina. precisamos de diesel e tivemos sorte até agora.
está mais frio que ontem. dentro do carro é quentinho, mas lá fora está petrificante.
saindo da província de Córdoba e entrando na de San Luis começamos a subir pela primeira vez em 3.200 km dentro do território argentino. estamos subindo lentamente e já alcançamos 700m do nível do mar.
as cordilheiras começam a fazer sombra lá no horizonte.
dormiremos em Mendoza e teremos nosso vinho. um gole já basta.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte VI
submergimos do subte e eis que o obelisco rasga o chão e cresce à nossa frente.
fomos ao Palacio del Gobierno, à Catedral onde se encontram os restos do soldado desconhecido, à Plaza de Mayo, ao Mercado de las Luces, ao teatro Colón, Cabildo, à Florida...
tomamos o ônibus amarelo e fomos a San Telmo, El Estaño, Caminito, Madero Este, Puerto Madero, Plaza San Martín, Malba, Palermo, El Solar, Barrio Chino, Museo Larreta, Recoleta...
a arquitetura é lindíssima. e como há monumentos! as construções são imponentes do início ao fim.
há quem reclame da arrogância do portenho. então, devo dizer, talvez seja reflexo da arquitetura da sua cidade.
para apreciar Buenos Aires o ônibus amarelo é uma excelente alternativa. e para se locomover, usar o metrô é a escolha mais inteligente. de carro, com um mapa e GPS poderíamos chegar facilmente a qualquer um desses lugares, mas estacionar em qualquer ponto dessa cidade torna-se uma dor de cabeça sem remédio. o melhor é desprender-se.
com o ônibus amarelo podemos subir e descer quantas vezes quisermos e permanecer o tempo desejado nos lugares escolhidos, podendo sempre tomar o próximo ônibus.
Bs. As. é toda charmosa. linda!
garoou no fim de tarde.
tem uma lua imensa no céu desta noite.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte V
ficamos soltos pela avenida Cabildo e aproveitamos os Cafés (medialunas que las quiero!)
eu queria levar uma "panaderia argentina" lá pro Shangri-Lá.
está frrrio.
até as 10 da matina temos uma Buenos Aires quase deserta. nada aberto. a cidade acorda às 10:01h e então toma-se o café da manhã, calmamente, para pensar o dia. tive a impressão de que as pessoas aqui não se importam muito com o relógio. e até ele mesmo parece trocar o passo mais lentamente.
a cidade está inteira coberta pela névoa. está frio e eles, vestindo casacos, dizem: "que calor, hoy, no?!" ^^
às sete da noite, luzes acesas, ainda se diz "buenas tardes". ^^
o clima é outro, o ritmo é outro, os hábitos também.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte IV
o cansaço nos alcançou antes e dormimos em Avellaneda. *
partimos de lá às 8 da matina. até Santa Fé o asfalto é um tapete em linha reta. a gentileza das pessoas e as árvores continuam as mesmas. o Matheus é o nosso leitor oficial de piadas. foi super brother abrindo pra nós o seu livro Proibido para Maiores... Paulo Tadeu fez sucesso por aqui.
seguimos pela Ruta 11 até na altura de Barrancas, passando por cidadezinhas costeiras e cabanas charmosas com telhado de palha em camadas. é uma via alternativa bem conservada e segura. então resolvemos pegar a autopista. bem, estávamos muito bem na Ruta 11: pouquíssimo movimento e espaço suficiente. na autopista tudo ficou diferente: tráfego intenso e muito lento. ok! a M já tinha sido feita e ficamos por lá mesmo.
chegamos em Buenos Aires às 19h local. a cidade ferve. foi um custo achar hotel e o carro precisava permanecer na rua. ocorre que as construções aqui no bairro estão em terrenos muito estreitos e carros ocupam muito espaço. então, lugar de carro é na rua. só tem um pequeno problema: o carro de todo mundo da cidade está estacionado na rua.
mas fomos tão sortudos que... plin! a única vaga disponível estava na porta do nosso hotel e em frente a agência de polícia. isso sem dúvida nos deixou muito tranquilos, apesar de todo mundo da cidade deixar os veículos na rua por eras, sem o menor receio. pra nós, no início, isso foi meio estranho porque não estamos acostumados com certa , digamos, naturalidade.
está super frio e estamos com muito sono.
* aproveitando, tem um filme, Luna de Avellaneda, dirigido por Juan José Campanella que assisti em 2006 e que gostei bastante. trata-se da Avellaneda de Buenos Aires e penso ser uma boa indicação para um pouco de cinema argentino.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte III. 1
na argentina.
entramos pela província de Formosa e vamos em direção a província de Santa Fé, passando por Resistência e Reconquista.
em solo argentino a paisagem muda completamente, sendo inteira plana, de terreno alagado e vegetação rasteira - gramíneas de um verde dourado lindíssimo. sinto, imediatamente, saudade dos meus pampas gaúchos. é quase como estar lá.
estamos entre 25 e 50 metros do nível do mar. nada de termal, por aqui urubu descansa no pasto.
a rodovia é uma linha reta sem fim. é até estranho pra quem está acostumado com as curvas e autos e baixos do terreno brasileiro. mesmo assim não é monótono, é tudo agradável de ver.
a guarda rodoviária é literalmente rodoviária. socorrem até veículos com problemas. e como são gentis: conversam, perguntam, riem. toda a gente é agradabilíssima e sempre disposta a atender qualquer solicitação.
ainda não sentimos frio. estamos de camiseta e bermuda.
a lua está quase cheia. dormiremos na cidade de Santa Fé e teremos lua cheia amanhã, em Buenos Aires.
entramos pela província de Formosa e vamos em direção a província de Santa Fé, passando por Resistência e Reconquista.
em solo argentino a paisagem muda completamente, sendo inteira plana, de terreno alagado e vegetação rasteira - gramíneas de um verde dourado lindíssimo. sinto, imediatamente, saudade dos meus pampas gaúchos. é quase como estar lá.
estamos entre 25 e 50 metros do nível do mar. nada de termal, por aqui urubu descansa no pasto.
a rodovia é uma linha reta sem fim. é até estranho pra quem está acostumado com as curvas e autos e baixos do terreno brasileiro. mesmo assim não é monótono, é tudo agradável de ver.
a guarda rodoviária é literalmente rodoviária. socorrem até veículos com problemas. e como são gentis: conversam, perguntam, riem. toda a gente é agradabilíssima e sempre disposta a atender qualquer solicitação.
ainda não sentimos frio. estamos de camiseta e bermuda.
a lua está quase cheia. dormiremos na cidade de Santa Fé e teremos lua cheia amanhã, em Buenos Aires.
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte III
(para a mãe)
estamos todos bem.
a viagem está sendo tranquila. são sete da manhã e estou em um hotel chique de Asunción. o hotel não possui quartos, mas sim verdadeiros apartamentos (sala, quarto, copa e cozinha), tudo preparado para receber os milhares de estudantes brasileiros que vem para fazer mestrado ou doutorado nos meses de férias. um luxo!
chegamos ontem às nove da noite, mas rodamos bastante pela cidade a procura de hotel (estão todos lotadérrimos), isso nos deu a oportunidade de conhecer inúmeras ruas da capital e, devo dizer, estou embasbacada. os prédios são antigos e lindos. estou na europa do final do século XIX, início do sec. XX (Belle Époque). para ter uma idéia, as portas de entrada dos prédios possuem, todas, de 3 a 4 metros de altura na largura de uma porta comum. são verdadeiras obras de arte.
a cidade é bonita, limpíssima e super super super bem policiada. as pessoas muito educadas. nada de far west por aqui.
o país inteiro está enfeitado para a copa.
em relação a estrada, é como estarmos dirigindo no estado de São Paulo: asfalto bom e bem sinalizado. a paisagem é como a da Chapada dos Guimarães. A rodovia também é bem vigiada, há muitos postos da polícia rodoviária (caminera) e eles nos param sempre e pedem documentos. são muito calmos e gentis. pra ter uma idéia, de Pedro Juan até aqui, passamos por uns 10 postos (ou mais). isso nos surpreende devido a extensão do Paraguay e em comparação com a distância dos postos no Brasil. e significa que há muita gente trabalhando. nos sentimos seguros.
nada daquele negósdi propina. nessa parte do país a polícia parece não ter os maus hábitos dos colegas no Brasil. talvez por não estarem tão acostumados com turistas como na parte sul.
bem, o Paraguay foi uma boa surpresa.
estamos saindo para Clorinda, a primeira cidade em território argentino. até lá temos uns 40km, passando pela aduana. depois seguimos para Buenos Aires. daqui até Buenos Aires temos mais ou menos 1500km. estou me saindo bem no español. desenferrujando. sentia saudades.
as crianças estão bem comportadas dentro do carro, depois da aquisição em Pedro Juan . um alívio! o silêncio é tão grande que até incomoda. mandam beijos.
viajar no troller está sendo mais confortável do que imaginamos (em comparação com a Land).
escrevo de Buenos Aires.
beijos!
Angl
estamos todos bem.
a viagem está sendo tranquila. são sete da manhã e estou em um hotel chique de Asunción. o hotel não possui quartos, mas sim verdadeiros apartamentos (sala, quarto, copa e cozinha), tudo preparado para receber os milhares de estudantes brasileiros que vem para fazer mestrado ou doutorado nos meses de férias. um luxo!
chegamos ontem às nove da noite, mas rodamos bastante pela cidade a procura de hotel (estão todos lotadérrimos), isso nos deu a oportunidade de conhecer inúmeras ruas da capital e, devo dizer, estou embasbacada. os prédios são antigos e lindos. estou na europa do final do século XIX, início do sec. XX (Belle Époque). para ter uma idéia, as portas de entrada dos prédios possuem, todas, de 3 a 4 metros de altura na largura de uma porta comum. são verdadeiras obras de arte.
a cidade é bonita, limpíssima e super super super bem policiada. as pessoas muito educadas. nada de far west por aqui.
o país inteiro está enfeitado para a copa.
em relação a estrada, é como estarmos dirigindo no estado de São Paulo: asfalto bom e bem sinalizado. a paisagem é como a da Chapada dos Guimarães. A rodovia também é bem vigiada, há muitos postos da polícia rodoviária (caminera) e eles nos param sempre e pedem documentos. são muito calmos e gentis. pra ter uma idéia, de Pedro Juan até aqui, passamos por uns 10 postos (ou mais). isso nos surpreende devido a extensão do Paraguay e em comparação com a distância dos postos no Brasil. e significa que há muita gente trabalhando. nos sentimos seguros.
nada daquele negósdi propina. nessa parte do país a polícia parece não ter os maus hábitos dos colegas no Brasil. talvez por não estarem tão acostumados com turistas como na parte sul.
bem, o Paraguay foi uma boa surpresa.
estamos saindo para Clorinda, a primeira cidade em território argentino. até lá temos uns 40km, passando pela aduana. depois seguimos para Buenos Aires. daqui até Buenos Aires temos mais ou menos 1500km. estou me saindo bem no español. desenferrujando. sentia saudades.
as crianças estão bem comportadas dentro do carro, depois da aquisição em Pedro Juan . um alívio! o silêncio é tão grande que até incomoda. mandam beijos.
viajar no troller está sendo mais confortável do que imaginamos (em comparação com a Land).
escrevo de Buenos Aires.
beijos!
Angl
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte II
de Ponta Porã atravessamos a rua e estamos em Pedro Juan Caballero, Paraguay. Pedro Juan é um excelente sítio de compras. encontra-se de tudo por preços excelentes. mas há que saber onde comprar o quê. levamos jogos (DS) para as crianças.
passamos na aduana e tudo ok. saímos de Pedro Juan às 16 e chegaremos em Asunción, próximo à fronteira com a Argentina.
passamos na aduana e tudo ok. saímos de Pedro Juan às 16 e chegaremos em Asunción, próximo à fronteira com a Argentina.
sábado, 9 de julho de 2011
Expedição Megahertz - Relato de Viagem parte I
sairíamos amanhã bem cedo, mas aqui em casa a galera é mesmo imprevisível. decidimos sair às quatro dessa tarde de sábado. o trânsito no trecho de Cuiabá a Rondonópolis está péssimo como sempre. acidentes fatais. tudo parado por mais de uma hora. a pista lotada até não poder mais e carretas alucinadas - jacarés gigantes que tentam devorar os pequenos veículos, baratinados, em fuga.
dormiremos em Campo Grande. queremos o sul da Argentina.
dormiremos em Campo Grande. queremos o sul da Argentina.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
Sobre palavras
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Sobre vozes eleitas
outro dia falávamos em vozes: vozes que narram, vozes que consideram e vozes que, discretamente, fazem uso de nós.
há em mim uma voz que, quando falo sobre qualquer coisa, diz de mim algo que não estou dizendo no momento, mas quem me escuta, escuta essa voz e sabe de mim aquilo que eu não disse, mas ouviu da voz.
é extremamente inquietante pensar nessas vozes. são como assinaturas que não assinamos intencionalmente, mas que nos são próprias.
a Alessandra Abdala, na sua vivência de fono, disse-me hoje: "não é todo mundo que a gente escuta. nós elegemos as vozes que queremos ouvir."
essa frase ficou deitada no divã da minha memória. eu vou e volto e ela ainda está lá, toda esticada e preguiçosa, com ares de quem não vai se levantar. e antes de inquirir-lhe seja lá o que for, eu a observo e me pergunto de mim, dessas vozes que elegi, dessas que costumo dar atenção _ e consegui identificar exatamente quais são -, mas... o que me faz ouví-las, por que as escolhi?
há em mim uma voz que, quando falo sobre qualquer coisa, diz de mim algo que não estou dizendo no momento, mas quem me escuta, escuta essa voz e sabe de mim aquilo que eu não disse, mas ouviu da voz.
é extremamente inquietante pensar nessas vozes. são como assinaturas que não assinamos intencionalmente, mas que nos são próprias.
a Alessandra Abdala, na sua vivência de fono, disse-me hoje: "não é todo mundo que a gente escuta. nós elegemos as vozes que queremos ouvir."
essa frase ficou deitada no divã da minha memória. eu vou e volto e ela ainda está lá, toda esticada e preguiçosa, com ares de quem não vai se levantar. e antes de inquirir-lhe seja lá o que for, eu a observo e me pergunto de mim, dessas vozes que elegi, dessas que costumo dar atenção _ e consegui identificar exatamente quais são -, mas... o que me faz ouví-las, por que as escolhi?
quinta-feira, 26 de maio de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
(primeiro feito) Feito em Casa
tarefa de casa, meu primeiro documentário tá pronto. é sobre o processo de elaboração das Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso.
fica à disposição do Grupo de Estudos da UFMT - GEDFFE,
dos professores e da Secretaria de Educação.
(estou orgulhosa de mim)
fica à disposição do Grupo de Estudos da UFMT - GEDFFE,
dos professores e da Secretaria de Educação.
(estou orgulhosa de mim)
sábado, 30 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
sábado, 9 de abril de 2011
O quarteto de Dublin
ainda estou a roer-me com o fato de não estar lá em Sampa para o show do U2. só o ler ou ouvir notícias já fazem brotar algumas borboletas no estômago.
alguns amigos foram, outro nonsense desistiu com o ingresso na mão e eu... bem, eu sou um caso de distração temporaudiovisual agúda gravíssimo - não há cura!
...
envelhecer é algo incrível. eu sorrio, nesse momento, de satisfação com o tempo.
estava aí olhando as imagens da banda e me lembrando da carinha de rapaz do Bono que eu, menina aos 12, deitada no chão da sala no escuro, repintava todos os dias diante dos olhos pra dar rosto à voz que eu ouvia saindo do toca-fitas. no início eram duas fitas do U2 e uma do The Smiths, presentes do mano. fui pega por Sunday Bloody Sunday e New Year's Day e depois veio todo o resto.
eu admirava imensamente o que ouvia, a ponto de investigar afinidades com a pergunta: "gosta do U2?". alguns amigos foram selecionados com ela. e quando pessoas que eu gostava diziam "não conheço", pensava logo em oferecer uma tábua de salvação. rá!
anos depois o namorado sacou logo o lance e me deu de presente o recém chegado Zooropa (1993). a minha coleção de fitas foi sendo substituída pelos cds. e assim foi.
o Paul Hewson, ou melhor, o Bono é um cara admirável. eu fui, certamente, moldada pelo que via e ouvia: Pride (In the Name of Love),dedicada a Martin Luther King; Angel of Harlem e Desire, em homenagem a Billie Holiday; When Love Comes to Town e All I Want Is You ao lado de B. B. King; Miss Sarajevo em dueto com Luciano Pavarotti e toda a dedicação a causas sociais e pela liberdade: Aung San Suu Kyi.
é um prazer envelhecer sob a aura dessa geração.
alguns amigos foram, outro nonsense desistiu com o ingresso na mão e eu... bem, eu sou um caso de distração temporaudiovisual agúda gravíssimo - não há cura!
...
envelhecer é algo incrível. eu sorrio, nesse momento, de satisfação com o tempo.
estava aí olhando as imagens da banda e me lembrando da carinha de rapaz do Bono que eu, menina aos 12, deitada no chão da sala no escuro, repintava todos os dias diante dos olhos pra dar rosto à voz que eu ouvia saindo do toca-fitas. no início eram duas fitas do U2 e uma do The Smiths, presentes do mano. fui pega por Sunday Bloody Sunday e New Year's Day e depois veio todo o resto.
eu admirava imensamente o que ouvia, a ponto de investigar afinidades com a pergunta: "gosta do U2?". alguns amigos foram selecionados com ela. e quando pessoas que eu gostava diziam "não conheço", pensava logo em oferecer uma tábua de salvação. rá!
anos depois o namorado sacou logo o lance e me deu de presente o recém chegado Zooropa (1993). a minha coleção de fitas foi sendo substituída pelos cds. e assim foi.
o Paul Hewson, ou melhor, o Bono é um cara admirável. eu fui, certamente, moldada pelo que via e ouvia: Pride (In the Name of Love),dedicada a Martin Luther King; Angel of Harlem e Desire, em homenagem a Billie Holiday; When Love Comes to Town e All I Want Is You ao lado de B. B. King; Miss Sarajevo em dueto com Luciano Pavarotti e toda a dedicação a causas sociais e pela liberdade: Aung San Suu Kyi.
é um prazer envelhecer sob a aura dessa geração.
domingo, 3 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
Drive Thru
6:15 - o celular desperta: primeira tentativa;
6:20 - segunda tentativa;
6:25 - terceira tentativa (a que de fato funciona) e banho;
7:00 - no trabalho;
7:01 - começa-se a gastar a voz e os miolos. fala-se em Literatura e Artes;
12:00 - tudo termina: a voz, a beleza, a paciência, mas vou-me um tanto satisfeita;
12:20 - em casa para o almoço e um beijinho no povo que já se encontra de saída;
13:00 - banho;
13:15 - mochila da facul, moedinhas para o café, água e trânsito (a UF é bem ali, mas tá todo mundo parado na avenida);
13:30 - aula na Filosofia;
17:30 - todos os malucos param de falar. hora de sair voando para outro banho;
18:00 - jazz para os ossos(2ª, 4ª e 6ª), francês para a língua(3ª e 5ª);
19:00 - hora de brincar de bailarina (por hora nada de aikido);
20:00 - chegando atrasada para a aula da noite. um pouco mais de filosofia, então;
22:30 - a galera dormindo nas cadeiras e o professor gesticulando e falando freneticamente à nossa frente. conclui-se que ninguém aguenta mais e está na hora de ir para casa;
23:00 - em casa, um lanchinho e banho;
23:20 - atenção para o povo, alguns beijinhos e cama;
23:50 - todo mundo dorme. o objeto de pesquisa martela na minha cabeça, penso em me levantar e escrever, mas já são horas e tenho que acordar cedo;
0:00 - fecho os olhos e tento, desesperadamente, dormir.
p.s.
- sexta-feira pela manhã não é dia de trabalho, mas chega-se às 8:00 na UF para a reunião do grupo de estudos e o professor pergunta: "terminou de escrever o artigo?" ^^
- sábado pela manhã é dia de breakfast e curso com as crianças do outro lado da cidade.
- o que sobra: fim de semana muito curto e eu mais ou menos inteira.
6:20 - segunda tentativa;
6:25 - terceira tentativa (a que de fato funciona) e banho;
7:00 - no trabalho;
7:01 - começa-se a gastar a voz e os miolos. fala-se em Literatura e Artes;
12:00 - tudo termina: a voz, a beleza, a paciência, mas vou-me um tanto satisfeita;
12:20 - em casa para o almoço e um beijinho no povo que já se encontra de saída;
13:00 - banho;
13:15 - mochila da facul, moedinhas para o café, água e trânsito (a UF é bem ali, mas tá todo mundo parado na avenida);
13:30 - aula na Filosofia;
17:30 - todos os malucos param de falar. hora de sair voando para outro banho;
18:00 - jazz para os ossos(2ª, 4ª e 6ª), francês para a língua(3ª e 5ª);
19:00 - hora de brincar de bailarina (por hora nada de aikido);
20:00 - chegando atrasada para a aula da noite. um pouco mais de filosofia, então;
22:30 - a galera dormindo nas cadeiras e o professor gesticulando e falando freneticamente à nossa frente. conclui-se que ninguém aguenta mais e está na hora de ir para casa;
23:00 - em casa, um lanchinho e banho;
23:20 - atenção para o povo, alguns beijinhos e cama;
23:50 - todo mundo dorme. o objeto de pesquisa martela na minha cabeça, penso em me levantar e escrever, mas já são horas e tenho que acordar cedo;
0:00 - fecho os olhos e tento, desesperadamente, dormir.
p.s.
- sexta-feira pela manhã não é dia de trabalho, mas chega-se às 8:00 na UF para a reunião do grupo de estudos e o professor pergunta: "terminou de escrever o artigo?" ^^
- sábado pela manhã é dia de breakfast e curso com as crianças do outro lado da cidade.
- o que sobra: fim de semana muito curto e eu mais ou menos inteira.
segunda-feira, 28 de março de 2011
O esquecimento dos sentidos
o tempo é um borrador de memórias. pior do que descobrir a corrosão das suas beiradas, é perceber um certo endurecimento em relação a elas. as sensações de algumas presenças já me escapam.
(sinto saudades do mano e do pai.)
(sinto saudades do mano e do pai.)
sábado, 26 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Das coisas guardadas no bolso esquerdo da minha blusa
queria registrar o companheirismo da querida Mô, a basset ruiva que coordena o meu pedaço.
pela casa: se me levanto, ela se levanta; se vou, ela vai; se venho, ela também. e quando finalmente me sento, ela se joga no chão ao meu lado num suspiro alto como quem diz: "poxa vida, já eram horas de sossegar aí!"
ela até que aceitou bem os gatos, mas deixa claro aquele negósdi "quem manda aqui sou eu!".
quando a deixamos sozinha, paga bronca geral, e aos gritos. não obedece nenhuma ordem sequer, a não ser que... role um biscoito. espalha todos os chinelos pela casa, baba em cada um deles, desarruma o tapete, late para os garis e qualquer outro desconhecido que se aproxime do portão, quase morde o entregador de água (essa cena toda só quando estou presente) e lambe insistentemente os pés da Mi quando dá os ares da graça ( deve ser por causda mesma letra no nome).
depois de tudo me olha com cara de "não fiz nada!".
é uma fofa!^ ^
(vai entender...)
pela casa: se me levanto, ela se levanta; se vou, ela vai; se venho, ela também. e quando finalmente me sento, ela se joga no chão ao meu lado num suspiro alto como quem diz: "poxa vida, já eram horas de sossegar aí!"
ela até que aceitou bem os gatos, mas deixa claro aquele negósdi "quem manda aqui sou eu!".
quando a deixamos sozinha, paga bronca geral, e aos gritos. não obedece nenhuma ordem sequer, a não ser que... role um biscoito. espalha todos os chinelos pela casa, baba em cada um deles, desarruma o tapete, late para os garis e qualquer outro desconhecido que se aproxime do portão, quase morde o entregador de água (essa cena toda só quando estou presente) e lambe insistentemente os pés da Mi quando dá os ares da graça ( deve ser por causda mesma letra no nome).
depois de tudo me olha com cara de "não fiz nada!".
é uma fofa!^ ^
(vai entender...)
sábado, 19 de março de 2011
A Lua no Perigeu
bem, não são todos os dias que se tem uma lua tão maior e tão mais brilhante na porta de casa. então, isso merece um registro.
o Uol Tablóide disse que se trata de um fenômeno chamado Perigeu e a última vez que ele aconteceu foi em março de 1993, portanto, há 18 aninhos atrás. o nosso satélite está, no dia de hoje, 13% maior e 30% mais brilhante.
o Perigeu ocorre quando a Lua, em sua órbita elíptica ao redor da Terra, se posiciona na parte onde a distância da sua rota em relação à Terra fica mais estreita. quando está na parte mais distante ocorre o Apogeu.
vai aí uma 'fotenha' que consegui fazer sem lente especial e sem filtro a 1/4 de céu. lá embaixo, no templo de Posseidon, é a imagen que o Uol Tablóide postou com a sua super lente, quando acabava de sair. quanto mais próximo do nascimento, maior a sensação de proximidade com a Terra. aqui estava nublado, não deu pra pegar quando estava nascendo.
o Uol Tablóide disse que se trata de um fenômeno chamado Perigeu e a última vez que ele aconteceu foi em março de 1993, portanto, há 18 aninhos atrás. o nosso satélite está, no dia de hoje, 13% maior e 30% mais brilhante.
o Perigeu ocorre quando a Lua, em sua órbita elíptica ao redor da Terra, se posiciona na parte onde a distância da sua rota em relação à Terra fica mais estreita. quando está na parte mais distante ocorre o Apogeu.
vai aí uma 'fotenha' que consegui fazer sem lente especial e sem filtro a 1/4 de céu. lá embaixo, no templo de Posseidon, é a imagen que o Uol Tablóide postou com a sua super lente, quando acabava de sair. quanto mais próximo do nascimento, maior a sensação de proximidade com a Terra. aqui estava nublado, não deu pra pegar quando estava nascendo.
1/2 céu
1/4 de céu
terça-feira, 15 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
Mesmo e outro
, assim, (re) começar, seja lá como for, me parece algo absolutamente improvável. para acontecimentos/teorias/movimentos não há marcos estabelecendo divisas. mais uma vez as fronteiras são irrisórias.
uma coisa é sempre continuidade de outra, mesmo que se trate de algo 'aparentemente' extraordinário, novo. tudo que vem sempre vem por impulso de entrelaçamentos anteriores, de conexões e reflexos que, como ondas, vem e vão e vem e vão e nesse ir e vir são as mesmas e são outras, apesar de serem ainda ondas - de um mesmo mar e mesma água.
mesmo quando algo parece terminar não chega ao seu fim por morte súbita para que outro algo tenha seu início. apenas, darwinianamente falando, adaptou-se às novas condições ou, que seja, pré-disposições que se refletiram pelo caminho, sempre em razão de cruzamentos anteriores e anteriores aos anteriores.
há que se considerar os parágrafos, as alegorizantes maiúsculas e os pontos finais.
melhor, então, começar - ou talvez devessemos dizer 'continuar' - sempre com uma vírgula...
uma coisa é sempre continuidade de outra, mesmo que se trate de algo 'aparentemente' extraordinário, novo. tudo que vem sempre vem por impulso de entrelaçamentos anteriores, de conexões e reflexos que, como ondas, vem e vão e vem e vão e nesse ir e vir são as mesmas e são outras, apesar de serem ainda ondas - de um mesmo mar e mesma água.
mesmo quando algo parece terminar não chega ao seu fim por morte súbita para que outro algo tenha seu início. apenas, darwinianamente falando, adaptou-se às novas condições ou, que seja, pré-disposições que se refletiram pelo caminho, sempre em razão de cruzamentos anteriores e anteriores aos anteriores.
há que se considerar os parágrafos, as alegorizantes maiúsculas e os pontos finais.
melhor, então, começar - ou talvez devessemos dizer 'continuar' - sempre com uma vírgula...
terça-feira, 8 de março de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
O poeta livreiro
devo ao Antônio a garimpagem de todos os livros de Literatura usados na investigação da minha pesquisa de mestrado. ele teve um papel importantíssimo na reunião de obras para a construção do corpus de trabalho.
sou grata.
fica um vazio lá no pé da rampa, no varal de poesias, na UF, na cena.
foto: Rafael Monteiro
Literatura mato-grossense em luto
foi-se o Sodré
fica a poesia...
fica a poesia...
cem idades
Sei que sou tão velho e tão moço
Que me renovo a cada geração seguida...
O caminho do homem percorro sempre;
Já devo ter dado mais de mil voltas
Ao redor da terra:
Vi Chinas, Américas, Oceanias...
Isso tudo me vem como um sinal da lembrança
Do que fui? Do que sou? Do que serei?!
Em mim passado, presente e futuro se confundem,
Pois sou tão velho que a própria razão de me
Existir se perdeu no tempo...
Por ter tanta idade assim, posso dizer que sou eterno!
(Antônio Sodré)
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Petit pas de bourrée
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
sábado, 22 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Home
casa limpa, cheirinho de aromatizante de algodão, um bom livro ou filme, crianças distraídas com brincadeiras, gatos preguiçosos em cima dos móveis, almofadas espalhadas pelo chão, uma xícara de chá...
dia de chuva. nem sei dizer o quanto gosto de estar em casa com os meus em dias assim.
dia de chuva. nem sei dizer o quanto gosto de estar em casa com os meus em dias assim.
domingo, 16 de janeiro de 2011
sábado, 15 de janeiro de 2011
Dos gestos
- mãe, eu queria te dar aquela flor ali, mas tô com medo de pegar e ela morrer. flor que filho dá pra mãe morre?
olha, assim... ela é sua, mas vamos deixar ela lá, tá?!
olha, assim... ela é sua, mas vamos deixar ela lá, tá?!
(Théo)
(...e a paisagem submergiu)
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Aymberê recomenda (com devido desespero dos historiadores)
1808:
como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil
de Laurentino Gomes - editora Planeta do Brasil
a história da fuga da corte portuguesa para o Brasil, os bastidores da realeza e as fofocas da vida privada de um rei porcão... digo, bonachão... digo, cagão. ops!
num ritmo de escrita prazeroso o autor consegue colar os olhos da gente num livro de história com 367 gordurosas páginas.
pra entender a história do Brasil, fazer cara de "eu vi isso agora mesmo na tv", rir, corar e... ffu!
como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil
de Laurentino Gomes - editora Planeta do Brasil
a história da fuga da corte portuguesa para o Brasil, os bastidores da realeza e as fofocas da vida privada de um rei porcão... digo, bonachão... digo, cagão. ops!
num ritmo de escrita prazeroso o autor consegue colar os olhos da gente num livro de história com 367 gordurosas páginas.
pra entender a história do Brasil, fazer cara de "eu vi isso agora mesmo na tv", rir, corar e... ffu!
Rooooller
...como um grilo animado que se desequilibra patinando sem sair do lugar e num voo, de pernas para o ar, finalmente, reencontra o chão.
(memorável tombo de patins na descrição do rei Arthur.)
(meu lado meio grilo torna-se evidente em desequilíbrio sobre rodinhas.)
(memorável tombo de patins na descrição do rei Arthur.)
(meu lado meio grilo torna-se evidente em desequilíbrio sobre rodinhas.)
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
domingo, 9 de janeiro de 2011
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Férias!
ler, ir ao cinema, teatro, dormir tarde, acordar tarde, brincar com as crianças, namorar, navegar, fotografar, ler, dormir quando der vontade, tomar sorvete, sair com os amigos, mergulhar, Chapada, cachoeira, filminho, andar de patins com as crianças, fazer trilha, namorar, acampar no quintal de casa com as crianças, fotografar, dormir, ler, comer, beijar, dormir... enfim, muito ócio.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Imagem borrada
os dias passam rápido, como uma paisagem que mal se fotografa pela janela dos automóveis.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Frida Kahlo
''Algum tempo atrás, talvez uns dias, eu era uma moça caminhando por um mundo de cores, com formas claras e tangíveis. Tudo era misterioso e havia algo oculto; adivinhar-lhe a natureza era um jogo para mim. Se você soubesse como é terrível obter o conhecimento de repente - como um relâmpago iluminando a Terra! Agora, vivo num planeta dolorido, transparente como gelo. É como se houvesse aprendido tudo de uma vez, numa questão de segundos. Minhas amigas e colegas tornaram-se mulheres lentamente. Eu envelheci em instantes e agora tudo está embotado e plano. Sei que não há nada escondido; se houvesse, eu veria.''
''Piés para qué los quiero si tengo alas para volar''.
Aymberê recomenda
Frida - dirigido por Julie Taymor
é baseado no livro de Hayden Herrera sobre a biografia de Frida Kahlo.
de sentir doer em cores.
lindo!
é baseado no livro de Hayden Herrera sobre a biografia de Frida Kahlo.
de sentir doer em cores.
lindo!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Males da modernidade
tenho sede. só não dá pra usufruir de um copo de água porque não está na agenda.
domingo, 28 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
As outras histórias de cada história
o Norte é o que os meus olhos podem ver, é o que está posto, concreto à minha frente independentemente da geografia; é a automação, a objetividade. o Sul está às minhas costas, é aquilo para o que estou cega, é o que preciso ver e ainda não vejo; são as entrelinhas, a subjetividade.
é para o Sul que desejo ir. para onde o ponteiro não aponta, para onde ninguém vai, o contexto do contexto de qualquer coisa ou o fundamento destas e outras.
quero o lugar onde se pode conhecer todas as histórias de cada uma delas.
é para o Sul que desejo ir. para onde o ponteiro não aponta, para onde ninguém vai, o contexto do contexto de qualquer coisa ou o fundamento destas e outras.
quero o lugar onde se pode conhecer todas as histórias de cada uma delas.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
No coments
parafraseando o poeta:
quando se vê já perdemos a hora do almoço; quado se vê já são quase seis da tarde; quando se vê ja estrapolaram-se os prazos para a entrega dos trabalhos; quando se vê já é final de semestre.
bem, então está na hora de dar três pulinhos e berrar por são longuinho ou desesperar-se em preces para nossa senhora de final de semestre. nossa senhora de final de semestre? sim! me disseram, lá pelas bandas do ferreira, que funciona. é só pedir, que os trabalhos aparecem prontos na mesa do professor.
O.O
hmm... quem sabe uma prova feita?
^^
quando se vê já perdemos a hora do almoço; quado se vê já são quase seis da tarde; quando se vê ja estrapolaram-se os prazos para a entrega dos trabalhos; quando se vê já é final de semestre.
bem, então está na hora de dar três pulinhos e berrar por são longuinho ou desesperar-se em preces para nossa senhora de final de semestre. nossa senhora de final de semestre? sim! me disseram, lá pelas bandas do ferreira, que funciona. é só pedir, que os trabalhos aparecem prontos na mesa do professor.
O.O
hmm... quem sabe uma prova feita?
^^
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
O que importa é a sagacidade
foi no primeiro dia de aula de História da Arte II, ainda me lembro.
rompeu porta adentro a professora, uma senhora de uns 70 anos de idade com certa dificuldade no andar. levou-nos um misto de história, artes plásticas, arquitetura, cinema, música, semiótica e filosofia.
apresentou-se:
"Olha, eu não sou desse planeta. Eu não sou daqui. Eu sou cada vez menos daqui. E alguém pra se sentar do meu lado precisa merecer estar ao meu lado. Porque não dá pra sentar com qualquer um... sentar com alguém e dizer qualquer coisa. Então eu não quero qualquer coisa, não. Vocês etenderam, né?! Se estão aqui é porque há uma única razão e eu quero acreditar nisso até o fim."
'gostei-a' para sempre.
rompeu porta adentro a professora, uma senhora de uns 70 anos de idade com certa dificuldade no andar. levou-nos um misto de história, artes plásticas, arquitetura, cinema, música, semiótica e filosofia.
apresentou-se:
"Olha, eu não sou desse planeta. Eu não sou daqui. Eu sou cada vez menos daqui. E alguém pra se sentar do meu lado precisa merecer estar ao meu lado. Porque não dá pra sentar com qualquer um... sentar com alguém e dizer qualquer coisa. Então eu não quero qualquer coisa, não. Vocês etenderam, né?! Se estão aqui é porque há uma única razão e eu quero acreditar nisso até o fim."
'gostei-a' para sempre.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
?!
tem coisa que desbota a gente, né?! deixa disso menina, que o dia ainda está claro. pois é, ainda vai demorar pra terminar e quando terminar já estará perto de ser amanhã e aí tenho que me enfiar naquele lugarzinho oco de novo e tudo começa de novo, de novo. desse djeito você me dá malemolências. é que me puseram um buraco no ânimo. que cor é o ânimo? ânimo tem cor? não sei, acho que depende do tipo do buraco... foi cavado de quê? de mazelas com muito sal e sódio e pedras pontudas, difíceis de rolar. ah... cascalho do grosso, sei...! e gente pestilenta que não lava os olhos, vê sem tom; até o tempo é um desfavo. ó menina, e a gente tem lá que ter gosto por tudo? é só fingir que já passou ou que não é nada. o que? hã... o que o que? o que que já passou? ué, sei lá... cê tava falando do que? ... ... ...
sábado, 30 de outubro de 2010
Aymberê recomenda
As Eruditas de Molière.
(tradução de Millôr Fernandes)
chorei de rir, literalmente, do começo ao fim.
(tradução de Millôr Fernandes)
chorei de rir, literalmente, do começo ao fim.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Personas
personagens podem nascer de um desejo, de uma carência, de uma força temática, de semelhança ou de atração. alguns você não sabe de onde vieram, acaba matando no meio do caminho com qualidades desprezíveis, amassa o papel e joga num lugar qualquer pra nunca mais se lembrar. outros, mesmo que não saiba de onde, você constrói com carinho, demora nas qualidades, admira sem pressa e guarda pra sempre no bolso esquerdo da blusa.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Odes Elementares
é dentro desta casa de cor que não sei
que tenho as minhas estações; um cheiro de alecrim, uma grama bem verde, um céu solitário de nuvens reveladas e três estrelas; uma Mô, uma parede e calçadas de tijolos gelados, dois peixes vivos e um petrificado, duas pedras lascadas, a face de um índio, A camera fotográfica, alguns mapas, muitos livros, um tempo sem hora, palavras rabiscadas na porta, vento escondido e uma árvore que chora.
eu corro de vestido e pés descalços. amo três grandes homens e durmo com três geniosos gatos.
(minha ilha. minha pátria)
que tenho as minhas estações; um cheiro de alecrim, uma grama bem verde, um céu solitário de nuvens reveladas e três estrelas; uma Mô, uma parede e calçadas de tijolos gelados, dois peixes vivos e um petrificado, duas pedras lascadas, a face de um índio, A camera fotográfica, alguns mapas, muitos livros, um tempo sem hora, palavras rabiscadas na porta, vento escondido e uma árvore que chora.
eu corro de vestido e pés descalços. amo três grandes homens e durmo com três geniosos gatos.
(minha ilha. minha pátria)
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Depois da trilha
unhas arrebentadas, pernas peludas, areia na mochila e no cabelo das crianças...
[sob sol forte vale uma prancha de bodyboard já surrada e esquecida há um par de anos pra pegar marolas em Caraguá. o tempo fecha e então sobe-se a serra para respirar o bom ar das montanhas a 6º, já em campos jordanenses. eu até moraria numa daquelas casas de bonecas.]
(eu queria feriados pra sempre.)
[sob sol forte vale uma prancha de bodyboard já surrada e esquecida há um par de anos pra pegar marolas em Caraguá. o tempo fecha e então sobe-se a serra para respirar o bom ar das montanhas a 6º, já em campos jordanenses. eu até moraria numa daquelas casas de bonecas.]
(eu queria feriados pra sempre.)
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
Das coisas que desejamos esquecer
a lembrança do pai em uma Unidade de Tratamento Intensivo não se apaga da minha memória. toda a angústia de estar ali, amordaçado àquela situação, pousa no meu corpo. meus olhos se turvam, uma lágrima dolorida escorre até a nuca, a garganta dói agudamente. morro entre tubos.
sábado, 25 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
procura-se orientador
_ desejo um orientador para o projeto.
plin!!!!
_ já posso abrir os olhos?
-.-
-.o
plin!!!!
_ já posso abrir os olhos?
-.-
-.o
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Sob as cinzas de agosto
o cinza desse céu me inverna.
[ou seria o inverno dentro de mim
que pinta de cinza esse ceuzinho de agosto
que só sabe chover fuligem e pó?]
[ou seria o inverno dentro de mim
que pinta de cinza esse ceuzinho de agosto
que só sabe chover fuligem e pó?]
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Os dias não são mais os mesmos
quando eu era Cleópatra não precisava ficar debaixo desse sol cuiabano, tinha sempre alguém pra bezuntar minha peledeleite, abanar-me incansavelmente, massagear os pés , contar histórias interessantes e fazer o tempo parar.
sábado, 14 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Inadaptável
por aqui os ânimos andam desidratados.
o cerrado queima, alguma coisa no ar nos obnubila,
todas as ideias se cobrem de cinza.
o cerrado queima, alguma coisa no ar nos obnubila,
todas as ideias se cobrem de cinza.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Ideia de Slogan para Campanha Política
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CUIABÁ SOMOS TODOS NÓS!
e os pernilongos.
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CUIABÁ SOMOS TODOS NÓS!
e os pernilongos.
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quinta-feira, 29 de julho de 2010
O princípio do fim do horror
Touradas banidas na Catalunha
quarta-feira 28/07/2010.
MADRID (Reuters)
algumas tradições são absolutamente dispensáveis. a decisão chegou tarde, já estamos em pleno século XXI. as coisas degradantes não deveriam resistir tanto.
mas vamos lá, enfim, chegou.
basta!
quarta-feira 28/07/2010.
MADRID (Reuters)
algumas tradições são absolutamente dispensáveis. a decisão chegou tarde, já estamos em pleno século XXI. as coisas degradantes não deveriam resistir tanto.
mas vamos lá, enfim, chegou.
basta!
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Viagem lisérgica
segunda-feira, 26 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
o fato é que fomos impedidos de cruzar a Bolívia. frustração total. total!!! queriam os passaportes das crianças. passaportes??? quem sabe aquele negósdi proprina. até onde foi possível chegar era um tal de "por favor, una contribuición con la barrera."
inconformados, fizemos meia volta. então tá, bora ali no Paraguai. se não dá pra fazer o 360º a gente come as beradas de cada um dos lados do roteiro.
passaportes? sí, no hay problema. providências próximas, então.
abracinho.
passaportes... humpf!
3#*0-~?/=§-0(+w'v*6x.>ü%*$\[ª&#-*§1'~~o!
inconformados, fizemos meia volta. então tá, bora ali no Paraguai. se não dá pra fazer o 360º a gente come as beradas de cada um dos lados do roteiro.
passaportes? sí, no hay problema. providências próximas, então.
abracinho.
passaportes... humpf!
3#*0-~?/=§-0(+w'v*6x.>ü%*$\[ª&#-*§1'~~o!
domingo, 18 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Ansiedade pré-mochilagem
se tudo der certo... amanhã.
saída estratégica pela esquerda
passando pela Bolívia, descendo pelo Chile até Valparaíso-Vinha del Mar-Santiago e tudo o mais, Argentina, Paraguay, Brasil, casa.
agradece o Leão da Montanha.
hasta luego!
saída estratégica pela esquerda
passando pela Bolívia, descendo pelo Chile até Valparaíso-Vinha del Mar-Santiago e tudo o mais, Argentina, Paraguay, Brasil, casa.
agradece o Leão da Montanha.
hasta luego!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
sob aconselhamento
dormir, comer chocolate, namorar um pouco, dormir mais um pouco e então sentar para escrever o último trabalho.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010.
estou a pensar em tudo o que acabamos de perder.
foi-se o meu querido Saramago.
empobreço.
foi-se o meu querido Saramago.
empobreço.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
O valioso tempo dos maduros
(...)
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
(...)
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
Mário de Andrade
(1893-1945)
segunda-feira, 24 de maio de 2010
O som como metáfora da matéria
o som depende do tipo do corpo.
o meu calha de encontrar-se, às veses, agudo, apesar da gravidade. e depois... ora! depois assume-se grave, que é dele mais natural, mesmo que ainda guarde certa propriedade daquilo que o tende à agudeza.
o som nos coloca, todos, no mesmo ritmo.
o meu calha de encontrar-se, às veses, agudo, apesar da gravidade. e depois... ora! depois assume-se grave, que é dele mais natural, mesmo que ainda guarde certa propriedade daquilo que o tende à agudeza.
o som nos coloca, todos, no mesmo ritmo.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Viagem Lisérgica
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