domingo, 30 de março de 2008

ao farol

"Dirigidos por alguma luz desgarrada, tombada de uma estrela sem véu, de um navio errante, ou do próprio Farol, com sua pálida pegada sobre degraus e tapetes, os pequenos ares subiram a escada e farejaram pelas portas dos quartos. Mas aqui, decerto, tinham que parar. Quaisquer que fossem as coisas que pudessem aparecer e desaparecer, o que aqui se encontra é bem sólido. Aqui, podia-se dizer àquelas luzes deslizantes, àqueles ares tateantes que respiram e se curvam sobre o próprio leito, aqui nada podem tocar e nada podem destruir."


Virginia Woolf, Viagem ao farol

sábado, 29 de março de 2008

obrigada por se lembrar de mim...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Diuturnidade

Com o que sonham os Sonhos realmente?

1- Nem tudo estará dito depois de todas as palavras.
2- Nunca adormece uma memória atulhada de presenças.
3- Não abandona-se para sempre o vigoroso desequilíbrio das horas primitivas.
4- O tempo trabalha no ritmo da profundeza, e desdobra grosseiramente o que vamos encontrar por ser avesso a explicações.
5- O relógio soa no masculino e no feminino porque são necessários dois substantivos para germinar a máquina.
6- A libertação só é realmente profunda na profundidade indeterminada da solidão.
7- No abismo das sombras se rompe um albergue de fantasmas.
8- O monstro mais temido se tinge de melancolia.
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(Quando o sonho é realmente profundo, o ente que vem sonhar em nós é o próprio Sonho.)

domingo, 16 de março de 2008

então...











sábado, 15 de março de 2008

Zona autônoma

Tenho uma razão razoável para racionalmente tentar racionar o tempo reservado ao sonho. O sonho às vezes recebe uma certa espessura de significação que precipita o seu significado em relação ao significante sonhado.
O sonho sonha.



(- Eu, sonhando acordada já é uma merda, imagina no meio do quinto sono onde não tenho controle algum sobre o Seo Sonho!)
Tenho fugido da minha companhia.
Ando me querendo longe de mim.

quarta-feira, 12 de março de 2008

De súbito, o teu rosto.
Congelo.

terça-feira, 11 de março de 2008

Fantasia

Uma pitada de impalpável com duas colheres de improvável aquecidas no fogo da imaginação.
Desejo.

domingo, 9 de março de 2008

A palavra não é uma etiqueta vazia que dá nome às coisas, mas um sopro da presença dessas coisas que nomeia. . .