Tomba sobre ela esse vazio mórbido das horas cinzentas. É como a angústia de ter que abandonar um filho. Não sabe o caminho da direita, não sabe o da esquerda, não tem pés para pisar o que ficou para trás, nem pernas para o que está adiante. Não tem dor, não tem voz, é paciente e diz pouco, nada vai muito além de um sussurro. Dessa infinidade de pequenas janelas que se penduram no seu vazio, abre-as todas, mas uma cena diferente se revela em cada uma delas.
(No espelho há um corpo inerte, frio e duro.)
sábado, 30 de agosto de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
domingo, 24 de agosto de 2008
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
domingo, 17 de agosto de 2008
sábado, 16 de agosto de 2008
f
_mããããããe... vem ver o que eu achei!
_ã?... ai... (lá vem bomba.)
_por que é que eles estão assim?
_(não falei?!) bem... er... é que... deixa ver... assim...ain...
_eu sei! eu sei!
_óò!
_ é que esse aqui tava cansado, então esse resolveu carregar ele um pouco.
_... É!... É SIM!... É!... ^^
_lindo, né?
_muito...^^
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Gosto do pôr-do-sol, de fazer trilha, de árvores, de ver a chuva caindo, música, ler, escrever e de Quintana. Sonho com castelos, cavaleiros medievais, bandolins e constelações. Vou ao cinema e choro nas cenas de amor. Não assisto telejornais, a violência me deprime. Prezo um pássaro em vôo, uma Amazônia selvagem e pessoas verdadeiras. Quero conhecer Galápagos, ver o deserto e ir para a Patagônia. Gosto de poesia e de cabelos compridos. Gosto de línguas, de mitologia, de palavras e cabelos coloridos. Um banho de cachoeira e um abraço apertado acalmam meu espírito. Acredito na lua e em revoluções. Torço pela paz.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
das coisas que se escondem dentro do nada
nada importa, definitivamente.
nada, definitivamente, importa.
nada tem sempre grande importância.
nada, definitivamente, importa.
nada tem sempre grande importância.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Sabe, Honey
me sinto cansada, não sei o que fazer com as coisas quebradas. Tento abandoná-las, mas não se desprendem. Acabam me irritando pra valer. O meu nada transborda de metades.
Sabe, Honey
me sinto tão cansada, queria marchar o tempo de volta. Qualquer lugar do princípio serviria para alguns desenhos em textura fina. Talvez eu escolhesse outras palavras ou de repente acendesse a luz.
Sabe, Honey
o meu pensamento não pára, eu sonho acordada e ainda vejo meninos azuis. O tempo cresce e eu diminuo.
Honey,
eu vou aprender a linguagem dos sinais e um dia eu conto tudo pra você num único gesto.
É pena que você não enxergue até esse lado da rua.
me sinto cansada, não sei o que fazer com as coisas quebradas. Tento abandoná-las, mas não se desprendem. Acabam me irritando pra valer. O meu nada transborda de metades.
Sabe, Honey
me sinto tão cansada, queria marchar o tempo de volta. Qualquer lugar do princípio serviria para alguns desenhos em textura fina. Talvez eu escolhesse outras palavras ou de repente acendesse a luz.
Sabe, Honey
o meu pensamento não pára, eu sonho acordada e ainda vejo meninos azuis. O tempo cresce e eu diminuo.
Honey,
eu vou aprender a linguagem dos sinais e um dia eu conto tudo pra você num único gesto.
É pena que você não enxergue até esse lado da rua.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Inteligente
pra rir muito http://www.catarro.blogspot.com/
um dos blogs mais lidos.
eu me diviiiiiiiiirto no Catarro Verde.
um dos blogs mais lidos.
eu me diviiiiiiiiirto no Catarro Verde.
saco!
um monte de 'tarefa da escola' pra fazer e eu não consigo escrever nem uma puta linha que preste. mais irresponsável do que ando, impossível. tudo está ficando pra depois, os prazos já venceram. isso me acaba, mas sei lá o que se passa.
(eu falando palavrões? nossa! acabei me esquecendo que tenho cara de menina que não fala essas coisas... ^^)
.
.
bosta!
um monte de 'tarefa da escola' pra fazer e eu não consigo escrever nem uma puta linha que preste. mais irresponsável do que ando, impossível. tudo está ficando pra depois, os prazos já venceram. isso me acaba, mas sei lá o que se passa.
(eu falando palavrões? nossa! acabei me esquecendo que tenho cara de menina que não fala essas coisas... ^^)
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.
bosta!
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
fluxo
Terça-feira, dia quente num inverno de céu sem cor. A única coisa sinestésica é o aroma de fumaça cobrindo o jardim. Nada de vaidade; pela pátria, pelo verbo, pela coragem, avante! Grita com o dedo em riste minha calma. Tudo mentira. O pensamento se adianta, e olhando de lado, mãos dadas com o vento, sussurra: pelo verbo! palavras são ruínas ou recompensas futuras; eternas... não escapamos delas... O que faço? Não conheço todas. Vou saboreando algumas de cada vez, e a minha calma é lenta demais, não consegue nunca passar por mim. Tenho minhas fomes, impulsos, e vivo sonhando. Penso adquirir poderes sobrenaturais: inventar moral, uma língua nova, justiça salomônica. Sonho sempre com um universo fantástico, atravesso paredes, influencio pensamentos, determino vontades (que as de todos sejam sempre boas), beijo o herói da minha história favorita, morro de amor, nenhum mendigo pela rua, saudações à sabedoria, fuga aos tiranos, o mundo é salvo. Quando mudo de conto de fadas, o herói embora outro é sempre o mesmo. A vida recomeça. Vai! E olho as aparências do mundo. Podre! Mas quê?... Continuo sonhando. Espero uma hora nova, menos severa. Que minha calma me alcance, que o aroma da liberdade seja nosso. Prossigamos.
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http://www.youtube.com/watch?v=c9j_RZDqYc4
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http://www.youtube.com/watch?v=c9j_RZDqYc4
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
terça-feira, 5 de agosto de 2008
"Uma palavra não diz nada
e ao mesmo tempo esconde tudo
(...)
um olhar não diz nada
e ao mesmo tempo diz tudo..."
Una palabra é uma composição do cubano Carlos Varela. Eu a ouvi pela primeira vez assistindo ao filme Chamas da Vingança de Tony Scott que tem como ator principal Denzel Washington e há também a participação de dois atores brasileiros (coisa que me dá satisfação em ver), o Gero Camilo que fez Carandiru, Cidade de Deus e Bicho de Sete Cabeças entre outros e o Charles Paraventi que também está em Cidade de Deus entre outros. Digam o que disserem eu gostei do filme, mas uma das partes mais lindas foi ouvir essa música. A letra é mais que maravilhosa, diz tanto... E nela dá pra perceber o quanto a voz por si só já é extremamente musical, o instrumento é mero acompanhante.
Tomei a liberdade de colocar em português esses vesos aí em cima, mas são só metade do que ela diz.
Não consegui encontrar no youtube um vídeo com o Carlos Varela cantando (acho que não procurei direito), só mesmo esse cara fazendo onda. É só pra ouvir, não precisa ver, aliás, só ouvir sem ver dá mais peso a ela . Vale a pena.
e ao mesmo tempo esconde tudo
(...)
um olhar não diz nada
e ao mesmo tempo diz tudo..."
Una palabra é uma composição do cubano Carlos Varela. Eu a ouvi pela primeira vez assistindo ao filme Chamas da Vingança de Tony Scott que tem como ator principal Denzel Washington e há também a participação de dois atores brasileiros (coisa que me dá satisfação em ver), o Gero Camilo que fez Carandiru, Cidade de Deus e Bicho de Sete Cabeças entre outros e o Charles Paraventi que também está em Cidade de Deus entre outros. Digam o que disserem eu gostei do filme, mas uma das partes mais lindas foi ouvir essa música. A letra é mais que maravilhosa, diz tanto... E nela dá pra perceber o quanto a voz por si só já é extremamente musical, o instrumento é mero acompanhante.
Tomei a liberdade de colocar em português esses vesos aí em cima, mas são só metade do que ela diz.
Não consegui encontrar no youtube um vídeo com o Carlos Varela cantando (acho que não procurei direito), só mesmo esse cara fazendo onda. É só pra ouvir, não precisa ver, aliás, só ouvir sem ver dá mais peso a ela . Vale a pena.
domingo, 3 de agosto de 2008
o seu nome eu tenho na ponta da língua. eu sei de cor. eu sei o gosto que ele tem. em cada palavra que eu pronuncio ele está impresso. é ele que me nomeia, que me demora, que me retém.
pela língua eu respiro, como os inforcados. esse gosto me impacienta. não sei se faz mal ou bem.
(está chovendo lá fora - lá fora)
pela língua eu respiro, como os inforcados. esse gosto me impacienta. não sei se faz mal ou bem.
(está chovendo lá fora - lá fora)
sábado, 2 de agosto de 2008
Sobre essa beleza imposta como padrão e que atormenta as mulheres pela impossibilidade de não serem quem realmente são.
http://br.youtube.com/watch?v=iYhCn0jf46U
http://br.youtube.com/watch?v=iYhCn0jf46U
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