quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Sei lá... hoje estou tããão felizzzzzz.
Quero mandar um beijo pro meu pai, pra minha mãe, pra minha irmã, pro meu irmão, para as minhas duas estrelinhas, para o zangão aqui de casa, pra Mô, pro vizinho da esquerda, pro da direita, para o dos fundos (que eu nem conheço), pra galera que joga futebol na praça até de madrugada e fala um monte de palavrão... e pro Ita e pro Maurício que de alguma maneira sempre me fazem rir.

^^

manámaná... tchutchu... tchuu-ru.
.
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ziligue-dum... balaco-baco... teleco-teco...
ziliguedumbalacobacotelecoteco...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

estou em metades.
metade pedra
metade pássaro
metade verme.
e metade de mim se esconde
debaixo da metade de mim.
metade de mim vai embora.
a outra metade brota da metade que fica.


(por onde andará a metade partida?)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

e desenho tua face no silêncio...
um traço me escapa.
A construção do imaginário é a 'coisa' X que leva a Y, mas que não deixa de ser X.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

As palavras sairam de veraneio.
Tenho deixado as portas abertas, mas é a janela que me tem.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

ene-a-o-til

Toda existência envolve a idéia do NÃO.
Ser este é não ser aquele. Ser eu é não ser o outro.


(aula de Semiótica)

domingo, 17 de fevereiro de 2008

"Mas o que é uma lembrança da qual a gente não se recorda?"
(Proust)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

corpo, espaço e tempo
palavra, linguagem e pensamento
memória e esquecimento

Fronteira.

Eis-me no centro da tese que quero defender.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A minha linguagem sem censura que só o solitário devaneio conhece, carrega as palavras repousadas que dizem tudo de mim. A minha linguagem sem censura que só o solitário devaneio conhece, carrega as palavras marteladas que dizem metade de você.

(a outra metade morreu de morte matada.)
olha só se não vale a pena ter nos favoritos.

http://www.musicovery.com/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Uma lembrança circula nas sombras. E eu digo chega!
Então chega, basta, fim! (estou tentando me ordenar isso)
São dias de cama. Ando precisando de uma atitude Pagu ou Leila Diniz nessa vida.
Olho de lado e o artesão do sono me faz um sinal.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

MON COEUR MIS A NU

A cada instante aparecem em nossas vidas convites e somos surdos. Temos medo.
Queremos o chão seguro, a prateleira arrumada, a mesa posta. Nos negamos a ser os autores de nossas próprias vidas, por medo.
A cada instante nascem oportunidades natimortas.




(em resumo, MEU CORAÇÃO DESNUNDADO - BAUDELAIRE)
aula de Semiótica

domingo, 10 de fevereiro de 2008

JUSTIFICAÇÃO


Foto: Alain Marty


Foto: Fernando Siqueira (fragmento)


Foto: A. Brito (fragmento)


Foto: Gabriele Rigon


Foto: Frank Boots


OK!
SE ASSIM É... SEJA!!


Foto: Kazuo Okubo (fragmento)

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Fronteiras da memória e do esquecimento

A memória é uma utopia, ficção que se confronta com a complexidade e a irredutível multiplicidade do real. O esquecimento é um mundo anacrônico, cheio de retardos e perdas, é um monstro apressado, absorvente, tecido por mil memórias. São necessárias memórias para serem esquecidas, depois é necessário esquecê-las.
Entre memória e esquecimento reina a profusão de Babel.




(parágrafo de FRONTEIRAS QUE SE NARRAM, artigo científico desenvolvido para uma disciplina dos Estudos Culturais.)

a ordem se mantém



continuamos indo do presente para o futuro...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

...noite de chuva

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008


Moralités légendaires






"Método, Método, que queres de mim?
Bem sabes que comi do fruto do inconsciente."





JULES LAFORGUE,
Mercure de France, p.24

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Linguagem e pensamento

A linguagem não é um mero instrumento de trabalho, é uma força que exprime as sutilezas do pensamento. Palavra e pensamento se entrelaçam, são fronteiras que se cruzam, contrários que se unem, sabores que se degustam.



(As palavras bonitas são uma espécie de remédio para a alma. Um pouco de lentidão na pronúncia e é possível saboreá-las em extensão.)

sexo às palavras

"Meu silêncio é feminino", como diria Edmond Gilliard, pois todas as palavras o fecundam, e dentro dele gozam duplamente, como jamais conseguiriam de outra maneira.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

de 'A Excêntrica Família de Antonia'

O provérbio é errado. O tempo não cicatriza feridas. Ele apenas alivia a dor e embaça a memória.

Nada morre para sempre. Alguma coisa sempre fica, de onde outra nasce. Assim a vida começa sem saber de onde veio ou por que existe.

O tempo conquista o tempo. Às vezes o tempo fica lento como uma tartaruga cansada. Às vezes rompe pela vida como um abutre em busca de presa. O tempo não se preocupa com a vida ou a morte, declínio ou ascensão, amor, ódio ou ciúmes. Ignora tudo que nos é importante e faz com que esqueçamos dele.


(A excêntrica família de Antonia - Marleen Gorris)
[com a liberdade de algumas modificações de tempo]