sexta-feira, 31 de julho de 2009

Cabelos insanos e voz de tempestade

quem foi que disse que poesia é válvula de escape?
hein?!
ah! vai... corta essa.
tá mais pra coisentrando do que saindo.

Aclyse de Mattos

nestes dias, o Aclyse tem estado enfaticamente na minha lembrança.
o Aclyse é dessas pessoas cheias de idéias incríveis que empolgam quem está por perto. é poeta mato-grossense dos grandes. ele fez nascer um monte de borboletas na minha cabeça e continua fazendo cada vez que o leio. eu sei que ele conserva uma gaveta cheia de preciosidades que não mostra pra ninguém. fico imaginando as borboletas que moram lá dentro...

bater um papo seria algo realmente bom.

de vez em quando
a gente se escreve.
entre memória e esquecimento.
territórios sem fronteiras.

Aula de semiótica

A realidade é uma construção.
O que nunca se repete não tem nome, é primeiro.

A definição

No meu quebra-cabeça de hoje acabo de descobrir este admirável conceito:
"Intervalo quadrado entre os triglifos de um friso dórico."
Paciência! não te direi o que seja... E é melhor assim. O mistério faz parte da beleza.

(Quintana)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tempestades íntimas

.
.
ahhh!.... o meu Quintana.
se ele soubesse das minhas intenções, jamais teria partido.

primeiros vestígios

ver, ouvir, ler e sentir uma obra de arte é ver, ouvir, ler e sentir a si próprio. é olhar perto e longe ao mesmo tempo. é ver o mundo de maneira mais clara e provocadora.

(eu acho que a Elizabeth diria mais ou menos isso)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Macaco Bong

.
os meninos fazendo bonito no Festival Escambo 2009 lá em Minas.
cuiabanos!



bjo pro João!


(escambo forceps retomada fora do eixo)

Bem assim, como o Riobaldo

"Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa."
(Guimarães Rosa - Grande Sertão: veredas)

domingo, 26 de julho de 2009

a gente nem mora no Rio de Janeiro, mas consegue ficar no meio do fogo cruzado entre polícia e bandido em plena Isaac Póvoas. sufoco até engatar marcha ré, conseguir espaço e sair correndo.

e pela tarde eu ainda falava em horror...

Confluência dos sentidos

eu tô tentando consolar o meu texto por causa da ausência de uma única palavra, mas que lhe seria a chave de todo o sentido. ela simplesmente não quer aparecer. justo ela, o elixir da frase final, pra fechar o texto com aquela polidez dos poetas, com aquela sutileza que faz amor-tecer o leitor. é aguda como dor e rima com rima.
só falta essa palavra que é a fineza maior, a maior fina, a fineza mor do texto, a mor...

desisto!

um intelectual e sua personalidade

vale pronunciar algumas palavrinhas de modo levemente incorreto e observar atentamente 'la manera' que o tipo à sua frente arruma para lhe fazer as correções.

a fuerza de recuerdos

.
.
o horror sempre me horroriza.

(é com certo alívio que digo isto, porque não quero nunca olhar para ele
como quem olha o pó dos móveis.)

sábado, 25 de julho de 2009

El Silencio

Oye, hijo mío, el silencio.
Es un silencio ondulado,
un silencio
donde resbalan valles y ecos
y que inclina las frentes
hacia el suelo.

(García Lorca)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

nueve grados.
rá!

Gosos







I love Beirut.
não dá pra viver sem.

Matheus e Théo

.
.
os dias ficam quase vazios quando as 'criarturinhas' que habitam esta toca resolvem perambular por outras paragens.
estas paredes caiadas nem de longe são as mesmas.
.
.
13° e está frrrrrrio. coisa raríssima em se tratando de Cuiabá.
tenho notícias de que lá em Chaps está fazendo 6° e não se encherga nada a mais de um metro do nariz.
...pra me lembrar de como era bom o frio lá da terrinha.
ai,ai...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

.
.
ainda dia, mas já quase noite.
é sempre bom quando chove aqui.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A propósito de saudades

.
.
de quando eu era criança lá na casa da nona em Frederico Westphalen.
altas pedaladas no meu triciclo dentro de casa em dia de chuva e medo do porão
(pipas de vinho e teias de aranha).
chimarrão e polenta bustolada no fogão a lenha esmaltado pra espantar o frio.
água do poço, caqui de chocolate, uvas congeladas no parreiral, bergamotinhas do céu...

terça-feira, 21 de julho de 2009

SOS Gatinhos

de hoje em diante este blog leva o ADOTECUIABÁ. se estiver pensando em comprar um cachorro ou gatinho, experimente visitar um centro de adoção. assim você não contribui com a reprodução comercial e tira um bichinho da rua.
outros estados possuem o mesmo serviço.
links ao lado.

eu queria muito um gatinho. adoro gatinhos.nunca estive tanto tempo sem a companhia de um felino. o problema é que a Mô é super ciumenta, se acha a única dona do pedaço, não aceita mais ninguém. ela não suporta a idéia de dividir a atenção da gente com outro bicho, eu já saquei. quando não estamos por perto ela até finge que não vê os gatos aqui da rua comendo a ração no prato dela, mas só se não estivermos olhando, caso contrário...
ai,ai






Created by Crazyprofile.com

Capítulos de uma dissertação VII

preciso confessar o quanto a Maria das Dores faz juz ao nome. nunca foi tão difícil parir um trabalho. ainda consigo ficar empolgada, mas o cansaço é grande.
não aguento mais ouvir os teóricos, é como se eles ficassem tagarelando no meu ouvido o dia todo, sem intervalo. já tô até mandando calar a boca em voz alta... ^^ ... mandando deixarem a literatura infantil e todas essas questões do adjetivo em paz. chega de tantas considerações a respeito!

isso tá parecendo um pesadelo. além do grande fantasma que é a Das Dores, esses teóricos viraram fantasminhas também. Já me peguei abanando a mão para espantá-los, como quem tenta matar pernilongos.
horrível...
.
.
se perguntarem por mim digam que tenho andado notívaga.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

resmungos

.
.
como diria o Manoel,
crescem urtigas no meu abandono.

domingo, 19 de julho de 2009

É como remoer ideias sem acento

.
.
meu pensamento tem uma sombra.
ininterrupta presença que não obscurece nem na distração.

Gosos

.
.
este blog está acompanhado por Billie Holiday e um macinho de funcho.

Idéias acentuadas

"O encadeamento dos números faz a cadência do universo, regula tanto o que chamamos de acontecimentos fortuitos como os que julgamos determinados, forçando-os, por meio de pêndulos invisíveis a cair cada um na sua vez, desde o que se passa de importante nas distantes esferas, até as miseráveis probabilidadezinhas..."
(O Diabo Enamorado - Jacques Cazotte)

sábado, 18 de julho de 2009

Pensamento sem bordas

.
.
é aquela sensação de algo chegando. o quê eu ainda não sei, mas sei que vem.

Sobre silêncios



Henry Füssli - Silêncio, 1799-1801


(algumas coincidências são mesmo encantadoras...
memória indelével.)

.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sob chuva forte

.
.
eu quero sete novas manhãs
onde axiomaticamente (re)começo.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sobre esse lance de palavras e alma

É de se crer que as paixões ditaram os primeiros gestos e arrancaram as primeiras vozes... Não se começou raciocinando, mas sim sentindo. (...) eis aqui por que as primeiras línguas foram melodiosas e apaixonadas antes mesmo de serem simples e metódicas...
(Jean-Jacques Rousseau)

AYMBERÊ

.
.
entre paranóias, dúvidas e sempre algo mais.
porque é importante que eu não me esqueça.

domingo, 12 de julho de 2009

Gosos

voz cavernosa sussurrando no meu ouvido.



Hogar, dulce hogar

.
.
aqui toma-se muito chá, sempre na companhia dos bons:
ou discos ou livros ou amigos.

(novos ou velhos)

sábado, 11 de julho de 2009

Eu não poderia viver sem toda essa pureza e anemia




Tom Yorke= Van Gogh em versão musical.

Poesia Concreta - grosso modo

.
.
escolha algumas palavras duras, de preferência sem preposições e enterre pela metade em disposição maluca numa calçada de cimento - enquanto este ainda estiver fresco, claro.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

hay un vacío alrededor, de repente.
empezó el martes.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Das Significações

A mão em contato com uma ferramenta de trabalho tem um significado específico, significando de outra maneira quando em contato com um seio. A boca em contato com o alimento não significa como a boca em contato com o seio, que não significa como a boca em contato com outra boca. São territórios (re)construídos, fronteiras (re)demarcadas que se (trans)vertem naquilo que representam.



(acho que tenho pensado muito em sexo...^^)

domingo, 5 de julho de 2009

Quando nos identificamos

.
.
Parafraseando Walter Benjamim (1994) em A doutrina das semelhanças, dizemos que o saber oculto repousa sob a esfera da semelhança revelando-se, ao passo que sobre ela se lance um olhar profundo. As semelhanças são maquinações da natureza, no entanto, nós somos os que possuem a capacidade suprema de revelá-las. A existência regida pela semelhança possui vastidão. A semelhança nos destina sem que dela tenhamos consciência. É apenas uma fração daquilo que nos determina. As semelhanças que percebemos, se comparadas àquelas das quais não temos consciência, são partículas de uma imensidão 'específica'. Sem que possamos nos dar conta, se correspondem naturalmente assumindo um significado decisivo que nos reflete, nos dualiza, nos familiariza, nos individualiza, nos configura, nos prescreve, nos preexiste.


(Eu brinco de ser moinho de vento e árvore e nuvem e trem.)