sábado, 19 de fevereiro de 2011

Literatura mato-grossense em luto

foi-se o Sodré
fica a poesia...


cem idades

Sei que sou tão velho e tão moço
Que me renovo a cada geração seguida...

O caminho do homem percorro sempre;
Já devo ter dado mais de mil voltas
Ao redor da terra:
Vi Chinas, Américas, Oceanias...
Isso tudo me vem como um sinal da lembrança
Do que fui? Do que sou? Do que serei?!

Em mim passado, presente e futuro se confundem,
Pois sou tão velho que a própria razão de me
Existir se perdeu no tempo...

Por ter tanta idade assim, posso dizer que sou eterno!


(Antônio Sodré)