foi-se o Sodré
fica a poesia...
fica a poesia...
cem idades
Sei que sou tão velho e tão moço
Que me renovo a cada geração seguida...
O caminho do homem percorro sempre;
Já devo ter dado mais de mil voltas
Ao redor da terra:
Vi Chinas, Américas, Oceanias...
Isso tudo me vem como um sinal da lembrança
Do que fui? Do que sou? Do que serei?!
Em mim passado, presente e futuro se confundem,
Pois sou tão velho que a própria razão de me
Existir se perdeu no tempo...
Por ter tanta idade assim, posso dizer que sou eterno!
(Antônio Sodré)