domingo, 16 de novembro de 2008

de peito trincado aberto pro espaço

vôo de parapente no mirante em novembro só acontece de 100 em 100 anos. levei minhas havaianas para um lift. paredões da Chapada vistos do alto. foi como estar dentro de um conto fantástico. não tinha sol e o dia era escuro, logo deu pra ver as luzes de Cuiabá dançando a kms de distância. senti vontade de chorar e tudo o mais joguei ao tempo. o vento forte batia na minha voz entrecortando, espalhando e des-re-configurando cada palavra. e me pareciam tão fantasmagóricas as histórias flutuando ao meu lado, pediam que eu as sorvesse de volta.



(só agora entendi que não devia tê-las deixado lá. ficarão ecoando nos paredões até o próximo lift de um novembro ainda muito, muito distante.)