sexta-feira, 11 de março de 2011

Mesmo e outro

, assim, (re) começar, seja lá como for, me parece algo absolutamente improvável. para acontecimentos/teorias/movimentos não há marcos estabelecendo divisas. mais uma vez as fronteiras são irrisórias.

uma coisa é sempre continuidade de outra, mesmo que se trate de algo 'aparentemente' extraordinário, novo. tudo que vem sempre vem por impulso de entrelaçamentos anteriores, de conexões e reflexos que, como ondas, vem e vão e vem e vão e nesse ir e vir são as mesmas e são outras, apesar de serem ainda ondas - de um mesmo mar e mesma água.

mesmo quando algo parece terminar não chega ao seu fim por morte súbita para que outro algo tenha seu início. apenas, darwinianamente falando, adaptou-se às novas condições ou, que seja, pré-disposições que se refletiram pelo caminho, sempre em razão de cruzamentos anteriores e anteriores aos anteriores.

há que se considerar os parágrafos, as alegorizantes maiúsculas e os pontos finais.

melhor, então, começar - ou talvez devessemos dizer 'continuar' - sempre com uma vírgula...