quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Glaubber - poesia em Cuiabá

Para uma edição de "A Tempestade" de Shakespeare de 1926.

"Amarelecidas
As páginas entregam
Juntamente com o tempo
O sabor dos anos...

A solidão desse silêncio pelo vento marulhado
O céu, que resplandece uma agonia alhures
Rumorejar das copas entediadas e solenes
Ritmo absoluto de como as cousas se movem
com a cor mediúnica da terra
em seu processo de labor e alegria...

e além desse silêncio
o pragmatismo obtuso de construções sem poesia
a caudal de violências em que buzinas e imprecações se agitam
vociferar do vozerio inescrupuloso em sua insolência..."



O Glaubber é poeta grande já, desses que fazem poesia até em papel higiênico.
Quer um papo com o poeta? Sabe a banca de livros do Sodré na rampa do IL, na UFMT? O poeta guarda as horas por lá. Está sempre disposto a conversar e te dar dica de bons livros.

Este e outro poema maravilhoso dele podem ser lidos na revista SINA do mês de novembro de 2007.