sexta-feira, 5 de setembro de 2008

abraço engenheiro

De pé, na parte mais escura do jardim, olhando a rua, eu recebo um abraço. Tem um vento tão bom nesta noite! O vento que chega se encosta todo em mim. A sensação é a mesma daqueles abraços de corpo inteiro, onde a gente toma consciência do nosso corpo e do corpo do outro dos pés à cabeça. É um abraço que descansa, que dá prazer. Só agora percebo quanto tempo faz que não me entrego a um abraço demorado, desses abraços cheios de engenho onde a gente se encaixa tão bem no outro que não tem mais vontade de sair. Desses abraços que nos deixam assim... zen, que nos enchem de calma de uma tal maneira que a gente até se esquece, por um momento, de onde veio e pra onde tem que ir...